labirinto
Filme em arquivo digital
35 min. COR. MP4
2020
El Mensajero (página I)
texto datilografado
20cm X 30cm
2015
Criado no ano de 2000 por André Severo e Maria Helena Bernardes, Areal é um projeto em arte e humanidades cujo principal objetivo é trazer a público trabalhos artísticos e publicações dificilmente viabilizados em âmbito institucional.
Desenvolvido a partir de discussões realizadas durante uma série de viagens de seus autores pelo Rio Grande do Sul, Areal toma da paisagem sul do estado a imensidão de campos, água e areia como símbolo dos limites cada vez mais imprecisos da arte como disciplina na atualidade.
O centro de atividades do Projeto Areal reside no fomento de trabalhos artísticos configurados como possibilidades de inserções artísticas não mediadas no campo da vida. De Areal partem os meios para que se realizem investigações intensivas e a proposta de uma veiculação do pensamento humanístico sem mediação, resgatando a um primeiro plano a experiência direta entre artista/autor e público.
Segundo o ponto de vista que norteia as ações de Areal, o fazer artístico está estreitamente ligado à produção reflexiva, sendo ambos geradores de conhecimento e formadores de novos paradigmas. Neste sentido, além do fomento à criação, o projeto mantém a série de livros Documento Areal e prevê a realizaÁ„o de filmes experimentais e a promoção de debates abertos ao público.
Especialmente atento às transformações sofridas pela definição de arte na atualidade, Areal vem dedicando-se a investigar e a difundir os efeitos dessa mobilidade sobre as relações entre arte e vida cotidiana, arte e outras áreas do conhecimento e, ainda, sobre arte e sistema de artes.
O Projeto objetiva oferecer os meios para a criação de proposições artísticas que estimulem o debate que abrange o problema da apresentação pública da arte contemporânea - sobretudo no que diz respeito à parcela dessa produção que traz consigo novas formas de comunicação pública, com ênfase na circulação ampla e imaterial de informação.
Neste sentido, Areal busca reunir experiências de artistas e intelectuais abertos ao entrecruzamento de idéias e aposta no próprio hibridismo da produção artística atual como maneira de transitar desembaraçadamente por diferentes áreas do conhecimento e modos de produção.
Os trabalhos desenvolvidos dentro do Projeto Areal são, em sua maioria, ações realizadas diretamente na paisagem que envolvem a participação, direta ou indireta, do público. Como Areal não almeja, necessariamente, resultados expositivos diretos, muitas destas ações acabam por ganhar um formato plural e são materializadas (ou simplesmente registradas) em filmes, livros, séries fotográficas, recitais de música, peças teatrais, performances, exibições e debates públicos.
As inquietações que mobilizam o Projeto Areal partem, assim, da arte em direção aos demais campos do saber, visando trazer a público um debate animado pela pulsação do presente, das experiências em andamento e dos resultados ainda vislumbrados, mas desde já propostos ao crivo enriquecedor de um debate multidisciplinar.
Multiplicidade de meios, dissolução de linguagens, interrogação às idéias de visibilidade dos eventos culturais configuram o campo de interesses em que transita Areal, projeto que incentiva o aprofundamento da reflexão e prática culturais no campo social sem abdicar do potencial humanista que legitima arte e pensamento.
Conforme o ponto de vista que norteia as ações do Projeto Areal, o fazer artístico está estreitamente ligado à produção reflexiva, sendo ambos geradores de conhecimento e formadores de novos paradigmas.
Nesse sentido, além do fomento à criação e produção em Artes Visuais, o Projeto Areal mantém a série de publicações Documento Areal. Lançada em março de 2001, a série apresenta publicações relativas a obras e artistas participantes do projeto.
Elaborados diretamente pelos artistas, os periódicos da série Documento Areal apresentam textos, fotografias e filmes em projetos gráficos pensados para servir como veiculo de divulgação de reflexões e processos de trabalho de artistas e pensadores contemporâneos.
Coordenada por André Severo e Maria Helena Bernardes, a serie Documento Areal tem treze títulos publicados.