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Nascido em 1974, André Severo vive e trabalha em Porto Alegre. Mestre em poéticas visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, iniciou, em 2000, ao lado de Maria Helena Bernardes, as atividades de Areal, projeto que se define como uma ação de arte contemporânea deslocada que aposta em situações transitórias capazes de desvincular a ocorrência do pensamento contemporâneo dos grandes centros urbanos e de suas instituições culturais.

 

Em 2004 publicou Consciência errante, quinto volume da série Documento Areal, que busca contribuir com o eixo das reflexões contemporâneas sobre o estabelecimento de um intenso diálogo a respeito das fronteiras que conformam os processos de conhecimento que possibilitam a existência da arte.

 

Em 2007 elaborou, conjuntamente com Cláudia Vieira, Grady Gerbracht e Paula Krause, o projeto Lomba Alta, um programa de residência que se utilizava do espaço físico de uma fazenda, em plena atividade, na região central do estado do Rio Grande do Sul e buscou oferecer o espaço e os meios para a realização de investigações artísticas que colocassem em foco a experiência do fazer criativo e reflexivo compartilhado.

 

Em 2008 inaugurou, conjuntamente com Marcelo Coutinho, o projeto Dois vazios, que almeja alcançar não somente o encontro de duas linguagens artísticas (cinema e artes plásticas), mas também o embate entre duas vastas paisagens brasileiras: os pampas da região Sul e o sertão da região Nordeste.

 

Em 2009, como parte de seu envolvimento no Projeto Pedagógico, da 7a Bienal do Mercosul publicou, Histórias de península e praia grande/Arranco, trabalho realizado em parceria com Maria Helena Bernardes e que consiste em um livro reunindo pequenas histórias orais colhida na metade sul do estado do Rio Grande do Sul e em um filme que traduz em imagem, tempo e símbolo a amplidão e o imaginário da região.

 

Em 2010 lançou Soma, uma experiência audiovisual que trata do encontro de indivíduos movidos pelo impulso da errância; e foi responsável, também em parceria com Maria Helena Bernardes, pela curadoria da mostra Horizonte expandido, proposta expositivo/reflexiva que almejou propiciar um maior contato do público brasileiro com obras e registros de experiências artísticas radicais que inauguraram um importante debate sobre as formas de compartilhamento da arte e se inclinaram a tratar de uma problemática ainda presente na produção artística contemporânea: a construção e afirmação de novas possibilidades de contato entre arte e público.

 

Em 2012, convidado por Luis Pérez-Oramas, foi curador associado da XXX Bienal de São Paulo - A Iminência das Poéticas, e publicou o livro Deriva de sentidos - nono volume da série Documento Areal e segunda parte da tetralogia Nômada - que corporifica uma reflexão sobre o físico e o metafísico, viabilizada por uma radical experiência artística de convergência entre pensamento e gesto.

 

Em 2013, também com Luis Pérez-Oramas, foi responsável pela co-curadoria da exposição Dentro/fora que compôs a representação brasileira na 55ª Bienal de Veneza.

 

Entre os anos de 2015 e 2017 realizou Metáfora, em parceria com Paula Krause, e Espelho, as duas primeiras partes da trilogia de exposições El Mensajero que se inserem na dinâmica de questionamento entre as instâncias processuais e os suportes de registro dos trabalhos poéticos que o artista vem realizando (através, principalmente, de produções audiovisuais e do registro de ações vivenciadas diretamente na paisagem), na última década.

 

Em 2018, em parceria com Marília Panitz, é responsável pela curadoria da exposição 100 anos de Athos, realizada nos Centros Culturais Banco do Brasil de Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio de Janeiro, em homenagem ao centenário de nascimento de Athos Bulcão. Ainda em 2018, em parceria com Fernando Cocchiarale e Marília Panitz, publica Artes Visuais – Ensaios Brasileiros Contemporâneos pela Funarte, antologia de ensaios que tem como objetivo apresentar um panorama inédito da produção ensaística contemporânea brasileira em campos distintos do saber.

 

Como produtor, realizou projetos para diversas instituições culturais brasileiras, entre as quais destacam-se: Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Santander Cultural, Fundação Iberê Camargo, Fundação Bienal de São Paulo e Fundação Nacional de Artes. Foi produtor executivo da 8ª e da 9ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul, entre os anos de 2011 e 2014. Em 2018 foi diretor artístico da Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul e atualmente é coordenador geral do Farol Santander Porto Alegre.

 

Entre suas principais premiações destacam-se o Programa Petrobrás Artes Visuais - ano 2001 -, em 2001; o Prêmio Funarte Conexões Artes Visuais, em 2007; o Projeto Arte e Patrimônio 2007, em 2007; o Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 2009, em 2009; o V Prêmio Açorianos de Artes Plásticas, em 2010; o Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça - 6ª Edição, em 2013; o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2014, em 2014; o XV Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia 2015, em 2015; e o Prêmio Sérgio Milliet da ABCA, em 2018 pelo livro Artes Visuais – Ensaios Brasileiros Contemporâneos.

Born in 1974, André Severo lives and works in Canela, RS, Brazil. Master in visual poetics at the Arts Institute of the Federal University of Rio Grande do Sul, he started, in 2000, alongside Maria Helena Bernardes, the activities of Areal, a project that defines itself as a displaced contemporary art action that bets on transitory situations capable of detaching the occurrence of contemporary thought from large urban centers and their cultural institutions.

 

In 2004 he published Consciência errante, the fifth volume of the Documento Areal series, which seeks to contribute to the axis of contemporary reflections on the establishment of an intense dialogue regarding the boundaries that shape the knowledge processes that make possible the existence of art.

 

In 2007, together with Cláudia Vieira, Grady Gerbracht and Paula Krause, he developed the Lomba Alta project, a residency program that used the physical space of a farm, in full activity, in the central region of the south of Brazil and sought offer the space and the means to carry out artistic investigations that put the shared creative and reflective experience into focus.

 

In 2008, together with Marcelo Coutinho, he inaugurated the Dois Vazios, a project which aims to achieve not only the encounter of two artistic languages ​​(cinema and visual arts), but also the clash between two vast Brazilian landscapes: the South and the Northeast regions.

 

In 2009, as part of his involvement in the Pedagogical Project, of the 7th Mercosul Biennial he published, Histórias de península e praia grande / Arranco, work carried out in partnership with Maria Helena Bernardes and which consists of a book gathering small oral histories collected in the southern half of the state of Rio Grande do Sul and in a film that translates the region's breadth and imagery into image, time and symbol.

 

In 2010 he launched Soma, an audiovisual experience that deals with the encounter of individuals driven by the impulse of wandering; and was responsible, also in partnership with Maria Helena Bernardes, for curating the exhibition Horizonte expandido, an expository / reflective proposal that aimed to provide a greater contact of the Brazilian public with works and records of radical artistic experiences that inaugurated an important debate on the ways of sharing of art and were inclined to address a problem still present in contemporary artistic production: the construction and affirmation of new possibilities for contact between art and the public.

 

In 2012, invited by Luis Pérez-Oramas, he was an associate curator at the XXX São Paulo Biennial - The Imminence of Poetics, and published the book Deriva de sentidos - ninth volume of the Documento Areal series and the second part of the tetralogy Nômada - which embodies a reflection about the physical and the metaphysical, made possible by a radical artistic experience of convergence between thought and gesture.

 

In 2013, also with Luis Pérez-Oramas, he was responsible for co-curating the exhibition Inside / Outside that composed the Brazilian representation at the 55th Venice Biennale.

  

Between 2015 and 2017, he held Metáfora, in partnership with Paula Krause, and Espelho, the first two parts of the exhibition trilogy El Mensajero. These projects are configured as part of the questioning dynamics of the procedural instances and supports for recording poetic works that the artist has been carrying out (mainly through audiovisual productions and the recording of actions experienced directly in the landscape), in the last decade.

 

In 2018, in partnership with Marília Panitz, he is responsible for curating the exhibition 100 anos de Athos, held at the Banco do Brasil Cultural Centers in Brasília, Belo Horizonte, São Paulo and Rio de Janeiro, in honor of the centenary of Athos Bulcão's birth. Still in 2018, in partnership with Fernando Cocchiarale and Marília Panitz, he published Visual Arts - Contemporary Brazilian Essays by Funarte, an anthology of essays that aims to present an unprecedented panorama of Brazilian contemporary essay production in multiple fields of knowledge.

 

As a producer, he carried out projects for several Brazilian cultural institutions, among which the following stand out: Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, Santander Cultural, Fundação Iberê Camargo, Fundação Bienal de São Paulo and Fundação Nacional de Artes. He was executive producer of the 8th and 9th Mercosul Visual Arts Biennial, between 2011 and 2014. In 2018, he was artistic director of the Mercosul Visual Arts Biennial Foundation and is currently general coordinator of Farol Santander Porto Alegre.

 

Among its main awards are the Petrobrás Artes Visuais Program – 2001; the Funarte Conexões Artes Visuais Award, in 2007; the Arte e Patrimônio Project 2007; the Programa Nacional Nacional Funarte Artes Visuais 2009; the V Açorianos Prize for Plastic Arts, in 2010; the Artes Plásticas Marcantonio Vilaça Award - 6th Edition, in 2013; the Funarte Award for Contemporary Art 2014; the XV Funarte Marc Ferrez Photography Award 2015; and the ABCA Sérgio Milliet Award, in 2018 for the book Visual Arts - Contemporary Brazilian Essays.

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