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areal

ARQUIVO AREAL

ANDRÉ SEVERO e MARIA HELENA BERNARDES

Casarão N° 06, Pelotas — RS
09 de dezembro de 2014 a 13 de março de 2015

 

Contemplado pelo PRÊMIO FUNARTE DE ARTES PLÁSTICAS MARCANTONIO VILAÇA  – 6ª EDIÇÃO, a exposição marca a doação para o acervo do Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul de uma série de textos, filmos, livros, fotografias e registros de trabalhos produzidos por André Severo e Maria Helena Bernardes ao longo dos treze primeiros anos do projeto Areal.

 

Criado no ano de 2000, Areal é um projeto em arte e humanidades cujo principal objetivo é trazer a público trabalhos artísticos dificilmente viabilizados em âmbito institucional. Desenvolvido a partir de discussões realizadas durante uma série de viagens de seus autores pelo Rio Grande do Sul, o projeto toma da paisagem sul do estado a imensidão de campos, água e areia como símbolo dos limites cada vez mais imprecisos da arte como disciplina na atualidade.


De Areal partem os meios para que se realizem investigações intensivas e a proposta de uma veiculação do pensa-mento humanístico sem mediação, resgatando a um primeiro plano a experiência direta entre artista/autor e públi-co. Segundo o ponto de vista que norteia as ações de Areal, o fazer artístico está estreitamente ligado à produção reflexiva, sendo ambos geradores de conhecimento e formadores de novos paradigmas. Neste sentido, além do fo-mento à criação, o projeto mantém a série de livros Documento Areal e prevê a realização de filmes experimentais e a promoção de debates abertos ao público.


Especialmente atento às transformações sofridas pela definição de arte na atualidade, Areal vem dedicando-se a in-vestigar e a difundir os efeitos dessa mobilidade sobre as relações entre arte e vida cotidiana, arte e outras áreas do conhecimento e, ainda, sobre arte e sistema de artes. Com isso, o projeto objetiva oferecer os meios para a criação de proposições artísticas que estimulem o debate que abrange o problema da apresentação pública da arte contem-porânea – sobretudo no que diz respeito à parcela dessa produção que traz consigo novas formas de comunicação pública, com ênfase na circulação ampla e imaterial de informação.


Os trabalhos desenvolvidos dentro do projeto Areal são, em sua maioria, ações realizadas diretamente na paisagem que envolvem a participação, direta ou indireta, do público. Como o projeto não almeja, necessariamente, resultados expositivos diretos, muitas destas ações acabam por ganhar um formato plural e são materializadas (ou simplesmen-te registradas) em filmes, livros, séries fotográficas, recitais de música, peças teatrais, performances, exibições e de-bates públicos. As inquietações que mobilizam o projeto Areal partem, assim, da arte em direção aos demais campos do saber, visando trazer a público um debate animado pela pulsação do presente, das experiências em andamento e dos resultados propostos ao crivo de um debate multidisciplinar.


Multiplicidade de meios, dissolução de linguagens, interrogação às ideias de visibilidade dos eventos culturais confi-guram o campo de interesses em que transita Areal, projeto que incentiva o aprofundamento da reflexão e prática culturais no campo social sem abdicar do potencial humanista que legitima arte e pensamento.

           

 

 

 

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